Nem batida de tambor, sinal de fumaça, código morse, esperanto ou até javanês foi capaz de fazer o juiz alemão Rudolf Kreitlein entender o que os jogadores argentinos disseram pra ele naquela partida das quartas-de-final entre Argentina x Inglaterra na copa 1966 que de tão marmelada que foi, podemos dizer que foi a copa para a Rainha.
Naquele dia 23 de Junho, 90 mil pessoas apertadas no antigo estádio Wenbley assistiram a um verdadeiro show entre os argentinos e o arbitro alemão. Em menos de 5 minutos de jogo o juiz já tinha distribuído três advertências ao time argentino. Los hermanos já sentiam que algo soava estranho.
Mais precisamente aos 35 minutos o capitão Rattin não aguentando mais as barberagens do arbitro alemão, foi reclamar. O argentino implorava desesperadamente por um intérprete.
Pedido não só incompereendido como negado!
Como o jogador gesticulava demais, o alemão achou que Rattín estava lhe esculhambando. Resultado: Sobrou o pior! Rattín foi expulso! O atleta precisou ser retirado do campo escoltado por dirigentes da FIFA. Durante sua saida, Rattin protestou novamente amassando a bandeira do Reino Unido. A Inglaterra venceu o jogo por 1 a zero (gol de Geoff Hurst aos 33 minutos do segudo tempo), e só, classificando-se às semifinais.
Fervorosa discussão entre arbitro e jogadores interrompeu o jogo por mais de 10 minutos, e como lição aprendida, o cartão amarelo foi introduzido pela FIFA na Copa de 1970, disputada no México, sendo o inglês Lee a receber o primeiro cartão.
Pelo menos, a partir daí, a Federação amenizou um pouco a dificuldade de comunicação entre os árbitros e os atletas.
Abraços!
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